Sepp (Josef) Köpf, um alemão que vive no Brasil, nos enviou o relato de um tour pela Alemanha visitando cervejarias e explorando o que há de melhor na cultura alemã. Abra uma cerveja, e boa leitura.

Rota da Cerveja na Alemanha

Por Sepp (Josef) Köpf

 

Foram onze dias passeando pela Alemanha cervejeira, passando por plantações de lúpulos, biergartens, provando cervejas premiadas, comendo a típica comida alemã e se divertindo muito.

A viagem teve início em Munique no tradicional Biergarten da AUGUSTINER KELLER, considerada a melhor cervejaria da cidade onde tomei um chope de boas vindas no momento do pôr do sol, tradição conhecida como Dämmerschoppen.

No dia seguinte fui para a Holledau ou Hallertau. A maior área de cultivo de lúpulo do mundo, onde também visitei o Museu de Lúpulo. Além de conhecer o museu, participei de um seminário sobre lúpulo e suas diferentes espécies.

Passei pelo Mosteiro Weltenburg na beira do rio Danúbio, com paisagens inesquecíveis. A Cervejaria do Mosteiro foi fundada em 1050 e é uma das mais antigas do mundo. (Junto com a Weihenstephan do mesmo período). A Cerveja Weltenburger Kloster Barock Dunkel foi vencedora em 2004, 2008 e 2012 do World Beer Award, consideradaa melhor cerveja Dunkel do mundo.

A meia hora de barco dali, passando à quebrada do Danúbio, cheguei em Kelheim, na cervejaria SCHNEIDER, produtora mais antiga, famosa e gostosa, especialista em Cervejas de Trigo.

 

Bem perto fica a cidade histórica Regensburg (Patrimonio Mundial), uma das cidades mais antigas da Alemanha. Nessa cidade conheci a Catedral Sankt Peter, a cervejaria Kneitinger e a famosa “Wurstkuchl“, na beira do Rio Danúbio, com mais de 500 anos de tradição em preparar linguiças, chucrute e mostarda, tudo com a receita original e única deste local.

No quarto dia de viagem, partimos para a “Deutsche Bierstrasse”, Rota da Cerveja de Alemanha, com cerca de 200 cervejarias produzindo mais de 1000 tipos de cervejas. Provei a “Zoiglbier”, um tipo especial de cerveja fabricada na tradição germânica medieval, totalmente artesanal.

Segui para Kulmbach, onde visitei o Museu da Cerveja. Em uma área de exposição de mais de 3.000 metros quadrados, conheci em primeira mão a história e a arte da produção de cerveja.

A próxima que visitei foi Bamberg (Patrimonio Mundial), com mais de mil anos de Historia. São nove fábricas de cerveja na cidade onde são produzidos mais de 50 tipos diferentes de cerveja, entre elas a famosa “Aecht Schlenkarla Rauchbier”.

Depois de descansar e aproveitar a cidade de Bamberg, parti rumo a Estrada Romântica, famosa pelas cidades históricas, castelos e igrejas, mas, para os amantes de cerveja, tem muitas surpresas pelo caminho, por exemplo, a Riegele em Ausgsburg, que é muito especial, e o Mosteiro Beneditino Andechs com a sua famosa cervejaria.

 

A Estrada Romantica termina na cidade de Füssen, onde fiquei dois dias. Visitei os castelos Neuschwanstein e Linderhof, o Kloster Ettal, Oberaammergau e desfrutei uma paisagem exuberante. Existem várias microcervejarias na região, uma coisa é certa, cerveja nunca vai faltar. Faça também o “Tour de Biergarten”, pelos jardins da cerveja em Munique, vale a pena.

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Sepp (Josef) Köpf
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